Sobre a vulnerabilidade e a sua consciência.

Há momentos em que não damos conta da vulnerabilidade que está presente. Ter consciência disso mesmo é talvez para muitos de nós um dos exercícios mais complexos.

É preciso ver o medo inerente, a fragilidade, a sensibilidade e olhá-los de frente com carinho e gentileza. Mas não é fácil. Por um lado somos nós que muitas vezes não permitimos que esteja presente, por outro lado são os outros que não permitem que em nós possa estar presente.

A verdade é que precisamos escolher lidar com o desconforto que surge quando assistimos à nossa vulnerabilidade ou à dos outros. E aqui entra esta vontade de reconhecimento da essência de cada um. Com compaixão e verdade. E esse encontro , por mais labiríntico que possa parecer é talvez dos mais transformadores que possamos ter. Este “mediation walking circle” acaba por ser uma metáfora da vida exatamente como ela é. Onde há um obstáculo, mudamos de direção e prosseguimos. Repetindo as vezes que forem necessárias com a consciência de voltar a encontrar a vulnerabilidade de não saber e a confiança de continuar.